terça-feira, 24 de julho de 2012

Cenários


Rajoy discute cenários de crise extrema

Um resgate total, a declaração de bancarrota ou a saída do euro têm estado em cima da mesa do Governo de Mariano Rajoy, segundo o jornal "El Confidencial

Face às más notícias vindas da frente da emissão de dívida pelo Tesouro Público nas últimas semanas (incluindo hoje de manhã) e à subida contínua das yields (juros) das obrigações espanholas no mercado secundário, o gabinete de Mariano Rajoy teria em cima da mesa do seu gabinete de crise três cenários: um plano de resgate "total" (e não "sectorial") similar aos realizados para a Grécia, Irlanda e Portugal; a suspensão do pagamento da dívida (um evento de crédito); e a saída do euro, segundo o jornal espanhol "El Confidencial".

Alguns destes cenários extremos são manobras de pressão política sobretudo junto da Alemanha e do Banco Central Europeu (BCE).

primeiro cenário de resgate "total" chutaria a fatura do "apoio" europeu de "até 100 mil milhões" (verba de empréstimos por tranches aprovada no caso do plano sectorial de resgate à banca espanhola, cujo memorando de entendimento é já conhecido) para "mais de 500 mil milhões, um montante exorbitante". Na cascata de contágio seguir-se-ia Itália e uma posição dos países com notação triplo A para a rutura da zona euro.

segundo cenário esgrime a palavra maldita - default (incumprimento). Segundo o "El Confidencial", seria uma forma de pressionar a Alemanha e o BCE. O arrastamento da situação no campo da aplicação de decisões na zona euro torna este cenário como "plausível", apesar de implicar "uma imagem tremendamente negativa do país que faria disparar o prémio de risco para níveis impensáveis". O tempo crítico é agosto e setembro. "Para além" destes meses, o cenário de pesadelo começa.

terceiro cenário é o de saída ou rutura da zona euro. Ou por decisão unilateral espanhola, ou porque a Alemanha e seus aliados o imporiam. "Num primeiro momento teria consequências desastrosas, mas devolveria a autonomia para realizar as nossas políticas e poder sair da crise antes do previsto", é a lógica deste cenário extremo, segundo as fontes ouvidas pelo jornal espanhol.
Luis de Guindos está hoje na Alemanha para conversações com o homólogo alemão, o ministro das Finanças Wolfgang Schauble, e Mariano Rajoy reúne-se com Mário Monti no dia 2 de agosto. Rajoy tem estado em contacto permanente com François Hollande, o presidente francês, segundo "El Confidencial".

Resgate "macio" 

A par do pacote "sectorial" de resgate à banca espanhola (já definido em Memorando de Entendimento), o Governo de Mariano Rajoy pretende pressionar o BCE para reabrir o programa de aquisição de divida no mercado secundário (conhecido por programa SMP), tentando, por essa via, inverter o disparo das yields das obrigações espanholas acima de 7%, e convencer a Alemanha a acordar um "plano de resgate total, mas macio", segundo o jornal espanhol "El Economista".
Este plano adicional que se traduziria em "uma linha de crédito temporária" destinar-se-ia a financiar os 28 mil milhões de euros de dívida espanhola que vencem em outubro e que, aos níveis atuais indicativos no mercado secundário, se tornaria insustentável.

notícia aqui   









2 comentários:

  1. Porque é que isto nunca acontece em Portugal?
    http://www.elconfidencial.com/economia/2012/07/24/ubs-ejecuta-a-manuel-jove-por-su-fallida-inversion-en-bbva-con-perdidas-millonarias-102523/

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  2. Notícia bem apanhada... Em Portugal este tipo de notícias nem sai nos media.

    Cumprimentos.

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